Estava ouvindo aquelas palavras dificeis, segurando com a palma da mão o meu queixo, quase dormindo. Eu ouvia, mas ouvia apenas por ter que ouvir, prendido a algo que realmente não me interessava naquele momento. Foi quando eu olhei que na cadeira mais próxima da porta, ele tinha chegado, atrasado, como sempre. Não pude conter a explosão que isso causou dentro do meu peito; respirei aliviado. Eu levantei minhas sobrancelhas e ele retribuiu isso com um sorriso muito mais lindo do que eu poderia descrever. Foi muito mais que uma cena de filme romântico; daquelas que o ator está pedindo desculpas, e a sua senhora desmonta toda etsrutura de fim de namoro com um sorriso inesperado.
Eu esperava aquele sorriso, como quem espera um milagre em dias dificeis. Ele sorriu, e eu continuei olhando, pensando em infinitas coisas mais impossiveis, e montando situações hipotéticas, agindo hipoteticamente, em um futuro que só existia dentro de mim. De repente eu notei que já estava com o olhar naquele sorriso por muito mais tempo que deveria, então, retirei meu olhar, e o coloquei na professora, que nesse momento falva coisas cada vez mais incoeretes. E por mais que eu não quisesse olhar para ele, eu via o sorriso. Eu via um sorriso tão feliz em me ver, que quase não acreditava que poderia ser pra mim. Mas era meu, somente meu, e talvez ninguém tivesse um sorriso tão sincero. Por mais que eu não tivesse nenhum motivo pra sorrir, alguém sorria pra mim; e de repente eu fiquei feliz. Fiquei cada vez mais feliz, e se fosse possivel comparar meu estado de felicidade, eu o definiria em um sublime orgasmo gradativo: cada segundo que passava me trazia mais felicidade. E quando eu pensava que não poderia ficar mais feliz, o fato da felicidade me ter escolhido de uma maneira tão singela, me fazia sorrir mais.Eu realmente achei que poderia escrever sobre isso, mesmo que sendo muito pessoal. Eu já queria falar dele, inclusive, estou sendo absolutamente honesto com todos, de uma vez só. Ele era um segredo, assim como meu sorriso também era. Deixou de ser; agora é de vocês.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
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