quarta-feira, 18 de julho de 2012

O que sobra de mim agora:

Estou revelando um olhar intrigado, com muito pesar. Não tenho pretensões futuras de chegar a uma brilhante conclusão; apenas olho. Preciso calmamente apenas revelar que estou intrigado com algo que ainda não entendo – e não entendo isso. Em minha cabeça aparece um belo ritmo facilmente confundido com alegria nascida da mais profunda nostalgia. Eu preciso derramar dramaticamente as minhas magoas em frustrações em alguém e ainda não entendo como posso fazer isso se não há sequer alguém suficientemente forte na minha lista de contatos moveis que carrego no telefone celular para suportar o peso das minhas dores. Como remédio, como solução, eu me prescrevo, rapidamente, boas doses de sorriso e uma boa musica agitada. Corro em direção aos meus CDs digitais, os quais invejo quem os escutam também. Preciso que a musica seja minha para que possa dizer honestamente que eu vi algo brilhando nela. Os sons leves, sensíveis, intensos e certeiros me afetam tão igualmente como os outros demais ouvintes. Preciso ser especial ao ponto de ser a pessoa destinada a receber tal canção – para então, poder ser capaz de hipotetizar a existência de um alguém tão bom quanto a canção que seja igualmente capaz de me afetar da mesma maneira

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Segunda-feira, 07:30.

Eu gosto de manter a meia luz como ela é; gosto de saber parcialmente o que está acontecendo e ainda ter espaço para negar o que é visto, por apenas achar que é um jogo confuso da minha cabeça. Gosto de me sentir triste pela manhã, logo epois de acordar e procrastinar na cama, me atrasando voluntariamente. Bebo meu café antes de tomar banho; gosto do sabor quente queimando a língua enquanto a brisa fria da manhã recém nascida queima minha cara me chamando de mentiroso, metido e cinico. Preciso, diariamente, ouvir algumas musicas para conseguir sobreviver às essas semi-verdades. Preciso me aconselhar a ser um pouco menos eu, então, alguém será um pouco mais capaz de me tolerar. Hoje, eu acordei, precisando sentir muita raiva. Estou, inclusive, disposto a fingir que alguém fez realmente algo suficientemente forte para me magoar. Preciso que essa dor de “ofender-se” com algo governe minha manhã. Hei de inventar essa mentira simples, de ultima hora, despretensiosa e clichê; então, a contarei a alguns amigos e ouvirei seus conselhos pertinentes para testá-los mais uma vez. Estarei completamente sóbrio e verei até quando eles me resgatarão. Preciso chegar ao final da manhã sabendo que a grande mentira que havia contado, na verdade, era algo apenas que eu não conseguia admitir até ouvir da boca de alguém duas palavras de conforto. Preciso desse conforto que só posso exigir de alguém que me ama. Antes preciso ser amado - essa será, talvez, a grande mentira baseada em uma verdade que um dia ousaram me dizer. Essa, será também, a grande mentira que contarei hoje.