Deve haver água no mundo tão límpida que ao ser vista é profanada. Deve haver coisas que ensinaram e que jamais conferimos ser verdades. Com certeza invetam-se coisas impossíveis de existir todos os dias. Só deve existir um grande numero de tantas armas para justificar a existência de tantas feridas nos outros.
E as coisas estão cada vez mais óbvias. É irritante ver a agonia eterna consumindo a falta de perspectiva. Será impossível ouvir os gritos e os classificarem? Agora mesmo escuto um grito de dor e tenho certeza que é a dor que provoca este mesmo grito. Como, então, outros podem escutar o silencio e não saber que ele é algo. Silenciar-se é um ato magnífico! Não te falo algo porque não quero que saibas. Se te belisco e não sentes dores é porque você já não consegue nada sentir ou porque estou demasiado fraco para ter força no beliscão.
Acorde.
E veja.
Entenda que esse dia poderá acabar na sua ida fatídica pela rota um zero algo; morras e então vivas novamente para possa voltar a morrer. Seja inteligente sem ser burro.
Acorde.
E veja.
Veja até seus olhos coçarem e explodirem em cores e informações que você consiga entender que elas existem para não serem jamais compreendidas. Pare, pare, pare e respire. Seu pulmão de não fumante se orgulhará desse ato nobre. Diga não para o sim e sim para não e diga talvez para si mesmo. Irás te matar todo o dia por um ano para ter apenas um dia de alívio?
Acorde.
E veja.