sábado, 28 de janeiro de 2012

Comemorando 3 anos sem vinho

Estou na segunda taça de vinho. Uma taça real, que custou exatamente seu valor. Foi comprada em um final de tarde em um mercado qualquer. Foi comprada exatamente para esse momento em que o gosto do vinho se perpetuava nos pontos da língua. Eu como sempre, pensando de mais sobre o significado do beijo e do vinho. Bebo só e estou refletindo sobre os outros significados e projeções. Confesso que estou orgulhoso por algo que eu nem mesmo reconheço; escondo de todos, mas embora não tenha admitido ainda, sinto uma grande falta de uma outra pessoa em mim. Há quem diga que é preciso ser feliz sozinho – eu inclusive. Não sei se acredito nisso ainda. Sei apenas que sou feliz porque faço o que quero sempre que quero e não me limito a ser coadjuvante na minha vida. Sinto falta do mocinho sem nem mesmo conhecê-lo, sem ao menos saber se um dia ele vai existir. Um brinde a ele, esse rapaz incrivel que vai me enfeitiçar e me enlouquecer. De antemão lhe digo que estou com raiva por você não ter feito tanto esforço pra me encontrar... eu lhe procurei, ok? Eu fiz as coisas mais estupidas pensando que eu pudesse lhe encontrar nos lugares mais inusitados, nas atitudes mais mesquinhas, perto de conhecidos tão desconhecidos. Eu tentei, demais, entrar em contato contigo; lhe procurei em cada outro rapaz que me entristeceu. Nunca julgue o meu amor, nunca me ponha em cheque e nunca ache que eu não lhe quis: estou lhe dando provas de amor antes mesmo de lhe conhecer; a maior delas foi a segunda taça, que jaz vazia, esperando você.

Um comentário:

Adrian Brasil disse...

Muito lindo, curioso pra saber a continuação!